O aumento na conta de energia vai pesar no bolso do brasileiro e a única alternativa será buscar meios para economizar no que for possível. O reajuste chega após dois anos de medidas para segurar o valor e varia de 7% a 24% para clientes residenciais, segundo aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A conta pode ficar ainda mais cara dependendo dos impostos estaduais e outros tributos variáveis. No ano passado, o reajuste médio ficou em 8,25%.
A justificativa das distribuidoras é que os preços ficaram represados durante a pandemia da covid-19 e a seca. O aumento chega para custear o déficit de R$ 30 bilhões no fundo do setor elétrico, mas vem em um momento delicado para o brasileiro, que tenta equilibrar o orçamento com outros reajustes simultâneos, como o do combustível e da cesta básica.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Marcos Madureira, o reajuste é referente a perdas de anos anteriores.
Por que a conta de luz aumenta tanto? Ao pegar a conta de energia do mês, o consumidor mais atento vai observar vários códigos usados para detalhar os custos da luz. O valor cobrado vai além do consumo propriamente dito. Estão inclusos no valor final: os custos de distribuição, transmissão e geração, que variam de estado para estado; os tributos, que incluem PIS e Cofins (federais) e ICMS (estadual); encargos setoriais, destinados a cobrir custos do setor elétrico; a bandeira tarifária (se for vermelha, a conta fica mais cara); uma parte destinada às prefeituras para as taxas de iluminação pública.
Cada bandeira, uma cobrança
Uma das vilãs da conta de energia é a bandeira tarifária. Em abril deste ano, ela foi mudada de vermelha para verde, o que ajudou a baixar o valor final em cerca de 20%. Com os reservatórios mais cheios, o risco de falta de energia foi afastado pelo Ministério de Minas e Energia. As bandeiras tarifárias são definidas mês a mês. A bandeira de escassez hídrica vigente em 2021 teve um impacto de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. Ficam isentos dessa bandeira apenas os consumidores cujos imóveis estão cadastrados como baixa renda e têm desconto nas contas. (Fonte: Uol)
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