Antes restritas a edificações localizadas em áreas remotas, as ETEs – Estações de Tratamento de Esgoto – ganham espaço, sendo instaladas até mesmo em prédios residenciais e comerciais nos grandes centros urbanos. A razão é simples: com o aumento no custo da água potável e as exigências ambientais, a água gerada pelo tratamento é reutilizada em funções como irrigação de jardins e descarga de vaso sanitário. A economia resultante de uma ETE bem projetada e instalada paga o investimento inicial em, no máximo, dois anos.
A engenheira e mestre Sibylle Muller, diretora da AcquaBrasilis, empresa especializada em sistemas para tratamento de esgoto e de águas pluviais, explica que “toda e qualquer edificação não ligada a redes públicas de coleta de esgotos deveria ter seu próprio sistema de tratamento para não causar poluição no seu entorno e subsolo”. Segundo ela, o esgoto pode ser tratado de maneira mais severa para reutilização da água de esgoto tratada na própria edificação. “A substituição da água potável por água não-potável em fins conhecidos como menos nobres significa redução de consumo de água da concessionária, com conseqüente diminuição de consumo e despesas”, diz.
Os benefícios diretos são o ambiental, o sanitário e o de saúde pública. “O tratamento do esgoto elimina a poluição de rios e demais cursos dágua, permitindo que essas águas permaneçam balneáveis e fontes de recursos hídricos para consumo humano. Dessa forma, ficam garantidas as boas condições de saúde pública, eliminando a contaminação de pessoas e animais por meio da água, o maior veículo de transmissão de doenças”, alerta Sibylle Muller.
O tratamento do esgoto evita infiltrações de águas poluídas que acabam contaminando o solo, por meio do qual percolam, atingindo reservas naturais subterrâneas de águas, que podem ter sua pureza comprometida.
Fonte: www.aecweb.com.br